O 3º Tribunal do Júri de Maceió iniciou, na manhã desta quinta-feira (13), o julgamento do réu Marcelo dos Santos Carnaúba, acusado de matar o empresário Guilherme Brandão, em 2014, na capital. A previsão é que a sessão termine no final da noite.
"Minha expectativa é terminar ainda hoje. Será um júri cansativo, com nove testemunhas inquiridas. Vamos tentar terminar a fase de instrução por volta das 14h. Depois retornaremos para os debates", disse o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que preside o julgamento.
O promotor de justiça Leonardo Bastos sustenta a tese de homicídio com as qualificadoras de impossibilidade de defesa da vítima e com a intenção de ocultar outro crime.
"O réu efetuou disparo que atingiu a nuca da vítima. O crime foi cometido para ocultar as fraudes financeiras que ele estava cometendo na empresa da vítima", afirmou o promotor, que vai pedir ainda a condenação por fraude processual.
"O acusado alterou a cena do crime visando sustentar a tese de latrocínio, tese essa que ele não conseguiu manter, tendo posteriormente confessado o homicídio. O Ministério Público quer a condenação pelos dois crimes, o que pode dar de 25 a 30 anos de prisão", explicou o promotor.
A tese da defesa, feita pelo advogado Raimundo Palmeira, é de que o crime não foi premeditado, nem cometido para ocultar desvios financeiros. "As transferências da empresa para Marcelo eram pagamentos por compras realizadas no cartão do réu", afirmou.
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