O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 4ª Vara Criminal de São Miguel dos Campos absolveu, na manhã desta terça-feira (8), Mayara Barbosa da Silva, acusada de matar Edilânio Horácio dos Santos, com quem mantinha relação amorosa. Os jurados reconheceram a materialidade e autoria do crime, mas acolheram a tese de legítima defesa.
O julgamento foi conduzido pela juíza Laila Kerkhoff e faz parte do mutirão do Mês Nacional do Júri. Em seu depoimento, Mayara contou que a vítima tentou realizar ato sexual forçado quando estavam consumindo bebida alcoólica no quintal de sua casa. Ela ainda reforçou que Edilânio havia disparado um tiro de arma de fogo em sua direção, não a atingindo.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 30 de outubro de 2017, no povoado Alagoinha, em Jequiá da Praia. De acordo com os autos, a denunciada e a vítima estavam bebendo, momento em que surgiu uma discussão entre os dois, motivada pelo fato de Edilânio querer "ficar" com a denunciada a força, dizendo que se a acusada não ficasse com ele, não ficaria com mais ninguém. Como foi rejeitado, o homem teria disparado um tiro de arma de fogo contra a ré.
Na sequência, a acusada e seu padrasto teriam desarmado a vítima, momento em que a ré lesionou Edilânio com uma facada, ocasionado a morte dele. Mayara foi presa em flagrante na casa da sua mãe, teve sua prisão convertida em preventiva, e aguardava julgamento em liberdade desde 2019.
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