O juiz Rômulo Vasconcelos de Albuquerque, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, determinou a realização de reprodução simulada da abordagem policial que deixou o empresário Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos, ferido com um tiro de fuzil, na AL-220, no município.
Na decisão, o juiz aceitou, o pedido do Ministério Público de Alagoas e determinou que Instituto de Criminalística de Alagoas (IC-AL), faça uma reprodução simulada da ação policial que vitimou o empresário. A decisão foi publicada na última quarta-feira (16).
O juiz também determinou que os delegados responsáveis pelas investigações apreendam e identifique as armas de fogo e os agentes que participaram da ação que vitimou Marcelo. Ele estipulou ainda um prazo de 20 dias para que a simulação fosse realizada pelo IC.
Marcelo Barbosa está internado no Hospital do Agreste, em Arapiraca, e o seu estado de saúde é considerado grave.
O caso
O empresário Marcelo Barbosa foi atingido nas costas por um tiro de fuzil que teria sido disparado por um policial militar do 3º Batalhão enquanto dirigia na AL-220 na madrugada de segunda-feira. A versão da Polícia Militar, de que Marcelo estaria armado e que atirou contra a guarnição, é rebatida pela família do empresário, que garante que o empresário não possui arma de fogo.
No Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil, os policiais relataram que Marcelo dirigia pela rodovia quando passou por uma viatura em alta velocidade. Eles contam que deram ordem para Marcelo parar, mas que a ordem não foi obedecida.
Os policiais dizem que pediram reforço de uma outra viatura para tentar conter o empresário. Após conseguir fazer a abordagem, os PMs dizem que Marcelo disparou contra os militares. E que, por isso, ele foi baleado.
A família de Marcelo, no entanto, rebate essa versão. Segundo eles, a arma foi implantada pelos policiais no carro do empresário para justificar os disparos contra ele.
A Polícia Civil instituiu uma comissão de delegados, composta por Filipe Ferreira Rodrigues Caldas, Sidney Walston Tenório de Araújo e Cayo Rodrigues Silva, para investigar o caso.
A portaria foi publicada no Diário Oficial do estado (DOE), desta quinta-feira (17), assinada pelo delegado-geral, Gustavo Xavier e passa a valer a partir de sua publicação.
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