26/10/2021 14:30:16
Justiça
Juiz autoriza liberação dos restos mortais de Roberta Dias para sepultamento
Família aguardava a justiça autorizar a retirada a ossada da vítima do IML de Arapiraca
DivulgaçãoJustiça autoriza liberação da ossada de Roberta Dias para sepultamento
Todo Segundo

O juiz Nelson Fernando de Medeiros Martins, titular da 4ª Vara Criminal de Penedo, autorizou durante audiência realizada nesta na manhã desta terça-feira (26), que o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca disponibilize à família de Roberta Costa Dias os restos mortais da jovem, para sepultamento, cumprido os devidos trâmites administrativos.

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas confirmou em julho deste ano a identidade da ossada encontrada no Povoado Pontal do Peba em Piaçabuçu este ano. Apesar de o IML ter tomado os trâmites legais para o encaminhamento do cadáver para os parentes, a família aguardava a justiça autorizar a retirada a ossada do órgão.

Audiência

Sobre a audiência do processo 0000820-21.2012.8.02.0049 (Caso Roberta Dias), realizada na manhã desta terça-feira (26), a assessoria da 4ª Vara Criminal de Penedo informou, que o interrogatório dos réus Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos foi suspenso devido ao aditamento da denúncia apresentado pelo Ministério Público na oportunidade.

O Ministério Público acrescentou à acusação a qualificadora de feminicídio. Com a alteração do teor da denúncia, será novamente oportunizado à defesa a indicação de testemunhas. O depoimento dos réus apenas pode ocorrer após a oitiva de todas as testemunhas.

Desaparecida desde 2012

Grávida de três meses, Roberta Dias desapareceu em Penedo, no início de 2012. Em 2018, o Ministério Público do Estado (MP-AL) denunciou duas pessoas por envolvimento no assassinato: Mary Jane Araújo Santos, que está presa, e Karlo Bruno Pereira Tavares, que responde ao processo em liberdade.

Sogra de Roberta e mãe de Saulo de Thasso Araújo Santos, Mary Jane é acusada pelo MP-AL de ser “a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. As investigações apontam ainda que Karlo Bruno teria ajudado a assassinar a vítima.

Em uma conversa gravada em áudio, Karlo Bruno conta que Saulo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez. Segundo informações apuradas, Saulo não é acusado na ação penal. A acusação descreve ainda que Roberta foi sequestrada e asfixiada com um fio de som de carro. Depois, teve o corpo enterrado em uma cova rasa.

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