A segunda-feira (18), primeiro dia de julgamento dos quatro réus acusados do assassinato do ativista político Kleber Malaquias, ocorrido em 2020 em Rio Largo, foi marcado pelos depoimentos de testemunhas e interrogatório dos réus.
Ao todo foram arroladas nove testemunhas, destas, quatro pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL) representado pelos promotores de Justiça Lídia Malta Prata Lima e Thiago Riff, entre elas a mãe da vítima e o delegado Lucimério Campos, que à época era chefe da Policia Judiciária na cidade, atuou nas investigações, sendo substituído em seguida e afastado do inquérito. Ele foi o primeiro a depor e explicou detalhadamente todo o inicio do processo de investigação. Quem também depôs foi o secretário -executivo de Gestão Interna da Segurança Pública, delegado José Carlos André dos Santos.
Como acontece corriqueiramente nos júris, os réus se disseram inocentes e tentaram todas as formas de defesa durante os interrogatórios, porém esbarraram na firmeza da acusação que promete apresentar, nesta terça, ao Conselho de Sentença, provas contundentes para que todos sejam condenados por homicídio duplamente qualificado – impossibilidade de defesa da vítima e promessa de recompensa pelo crime.
O julgamento acontece no Fórum Desembargador Maia Fernandes, em Maceió, tem sequência nesta terça-feira (18), com possibilidade de o júri se estender até a quarta-feira (19). O primeiro dia foi iniciado por volta das 9h30, estendendo-se por 12 horas.
O crime
Kleber Malaquias foi assassinado com dois tiros, no dia de seu aniversário, em 15 de julho de 2020, dentro do bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, na cidade de Rio Largo. A vítima era conhecida por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MPAL.
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