O fazendeiro Fernando Carlos Medeiros, foi condenado nesta segunda-feira (16), a 18 anos e 9 meses de prisão por envolvimento no assassinato do empresário Jair Gomes da Silva, o “Grilo”, ocorrido em novembro de 2010, no centro de Palmeira dos Índios.
Em seu depoimento durante o julgamento que ocorreu no 3º Tribunal do Júri de Maceió, o fazendeiro confessou ter mandado matar o empresário e revelou que os planos para a execução do homicídio levaram alguns meses antes do crime.
Fernando Medeiros disse ainda, que teria articulado o crime por se sentir desmoralizado por ter levado um soco na cara efetuado pela vítima. Os jurados rejeitaram a tese da defesa que alegava, que Fernando demonstrou arrependimento e o desaforamento do julgamento para Maceió fortaleceu a ideia da acusação de condená-lo. Ele que aguardava o julgamento em liberdade, poderá recorrer da decisão.
Além de Fernando Medeiros, Gilberto Fernandes Bispo, um dos acusados de participação no crime, também foi julgado. Bispo foi absolvido por 4 votos a 3.
O júri popular foi realizado, sob presidência do juiz John Silas da Silva, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital.
O caso
O empresário Jair Gomes de Oliveira, conhecido como Grilo, foi assassinado em novembro de 2010, no centro de Palmeira dos Índios, com quatro tiros na cabeça, efetuados por dois homens que estavam em uma motocicleta.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), o crime foi planejado pelo fazendeiro Fernando Carlos Medeiros, após discussão com a vítima em uma cafeteria. Durante a briga, Grilo teria dado um soco no acusado, que prometeu se vingar.
O fazendeiro teria, então, contratado Gilberto Fernandes, Josival Rosendo, José Rosendo e Manoel Araújo da Costa para cometerem o assassinato.
As gravações captadas pela câmera de segurança de um supermercado teriam mostrado o momento do crime e a imagem dos executores. Os réus Josival Rosendo e José Rosendo foram condenados em 2014. Manoel Araújo faleceu durante o processo.
Desaforamento
Em 2016, o julgamento foi desaforado para Maceió, a pedido da 4ª Vara Criminal de Palmeira dos Índios, motivada pelo fato de o assassinato ter tido forte repercussão na cidade. Além disso, o réu Fernando Carlos Medeiros, acusado de ser o mentor intelectual do crime, é casado com a ex-vice-prefeita de Palmeira dos Índios, exercendo influência política no município.
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