José Albert de Menezes, de 25 anos, acusado de assassinar sua ex-mulher Maria Carolina Almeida, 26, e jogar o corpo em um bueiro no Jardim Pérola, em Santa Bárbara d’Oeste, interior do Estado de São Paulo vai a julgamento às 10h, desta segunda-feira (7). Quinze jurados foram convocados para decidir o futuro do réu.
Carolina era natural de São José da Tapera, Sertão de Alagoas. O crime ocorreu no dia 18 de setembro de 2023, na Rua do Chá, onde José Albert e Maria Carolina moravam antes de se separarem. De acordo com a investigação policial, o acusado confessou ter assassinado a vítima aplicando um golpe mata-leão.
Pai da vítima, Arnaldo de Jesus Vieira viajou cerca de 60 horas de ônibus neste fim de semana, ao deixar São José da Tapera, Sertão de Alagoas, para acompanhar o julgamento. Ele citou a dor e a esperança por justiça.
“Os meus amigos estão torcendo por mim para que dê tudo certo. Com fé em Deus, vai dar tudo certo. Esse cara tirou a vida de uma jovem, deixou três filhos. Eu quero que ele pague, que a justiça seja feita”, afirmou.
“Eu só estou indo porque acho que a minha presença é fundamental no julgamento, porque não é fácil, não, três dias de viagem. Mas é filha. O que eu puder fazer, eu vou fazer”, completou Arnaldo, agradecendo as prefeituras de São José da Tapera e de Santa Bárbara por dividirem os custos da passagem.
Em setembro do ano passado, quando o primeiro julgamento foi suspenso após recurso da defesa do réu no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Arnaldo já havia embarcado para Santa Bárbara, mas precisou retornar para casa.
Advogado de defesa, Gustavo Mayoral pontuou que o caso corre em segredo de justiça e comentou que os jurados terão soberania sobre a decisão.
“É importante esclarecer que os jurado possuem, constitucionalmente falando, a soberania dos seus vereditos. Estes estarão representando e são pessoas propriamente da população barbarense, que estarão acompanhando todos os elementos de prova, apreciarão inclusive a oitiva das testemunhas. Há inclusive um perito que será ouvido e prestará esclarecimentos a respeito de termos técnicos que hoje se encontram dentro do processo”, comentou.
A defesa disse que está “tranquila” em razão do júri, mas “atenta” quanto aos depoimentos de testemunhas e apresentação de possíveis provas.
“Há uma forte probabilidade de que o acusado seja um inocente. Após a realização do Tribunal do Júri, haverá algumas situações em que serão declinadas, e a presente defesa se compromete prontamente a trazer maiores esclarecimentos.”
Responsável pela acusação, o promotor de Justiça Rodrigo Aparecido Tiago defende um julgamento sem intercorrências. “A expectativa é que, dessa vez, o júri seja realizado sem nenhuma interrupção e que a Justiça seja bem aplicada ao caso concreto”, declarou.
Os trabalhos deverão ser conduzidos pela juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro, da 1ª Vara Criminal de Santa Bárbara.
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