Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, acusado de matar a sogra com 20 facadas e esconder o corpo em uma geladeira, foi condenado a 31 anos, 5 meses e 5 dias de prisão em regime fechado. O corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata em Guaxuma, Maceió. O julgamento aconteceu na noite desta segunda-feira (20), na 9ª Vara Criminal da Capital, conduzido pelo juiz Geraldo Amorim.
O pai do réu, Ademir da Silva Araújo, também foi julgado por ocultação de cadáver, por ter ajudado o filho a transportar o corpo, mas foi absolvido, já que o conselho de sentença entendeu que ele agiu apenas para proteger o filho.
A vítima, Flávia dos Santos Carneiros, foi morta em 1º de março de 2024. O corpo foi encontrado quatro dias depois, dentro da geladeira abandonada na mata.
O depoimento de Leandro
Durante o julgamento, Leandro afirmou que se arrepende do crime e alegou ter agido por impulso, tentando se defender. “Ouvi o barulho do faqueiro e só deu tempo de me defender. Quem me conhece sabe do meu coração. Foi no impulso, de cabeça quente. Eu me arrependo muito. Eu sou uma boa pessoa. Eu errei e assumo meu erro”, declarou.
O réu contou que morava com a vítima, a filha dela e o cunhado, e que pagava o aluguel da casa. No dia do crime, disse que a adolescente pediu para ele buscá-la no colégio. Leandro também confirmou que o pai ajudou a retirar os compartimentos da geladeira onde o corpo foi escondido e comentou sobre o fretista que denunciou o caso à polícia, além de versões sobre suposta "macumba na geladeira".
O depoimento do pai
Ademir afirmou que entrou no carro com o filho para transportar a geladeira até a casa do irmão da vítima, mas negou saber que havia um corpo dentro. “Ajudei a pegar a geladeira e peguei a parte mais pesada. Não perguntei ao meu filho o que estava dentro. Descobri no depoimento”, declarou.
Descoberta do crime
O caso foi descoberto após um motorista de transporte por frete denunciar que havia levado pai e filho até a área de mata em Guaxuma, Maceió, onde a geladeira com o corpo foi abandonada. A testemunha relatou que, inicialmente, havia sido contratada para fazer uma mudança no Jacintinho e, no dia seguinte, para transportar a geladeira até o bairro do Benedito Bentes. Os acusados desistiram e decidiram abandonar o eletrodoméstico.
A filha da vítima confessou participação no assassinato junto com Leandro, revelando que o crime ocorreu em 1º de março. O casal havia alugado uma casa no Benedito Bentes e dormiu lá logo após o homicídio. O pai de Leandro, embora não tenha participado da morte, ajudou no descarte da geladeira na mata.
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