O turismo em Alagoas não tem crescido somente pelas belezas naturais e atrativos de lazer alagoanos, mas também pelo segmento de negócios e eventos. Prova disso é que, no último ano, a receita do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, principal equipamento para eventos de médio e grande porte em Alagoas, cresceu 56% em comparação ao ano anterior. A projeção para 2018 é que o crescimento se mantenha e o faturamento chegue a aproximadamente R$ 4 milhões.
Somente em 2017, o Centro de Convenções, como é mais conhecido o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, recebeu mais de 200 eventos. Para 2018 já estão agendados 191.
Um exemplo do potencial do Centro de Convenções é a realização de eventos, como o 23º Congresso Brasileiro de Magistrados, encerrado no último dia 26. Mais de quatro mil congressistas participam do evento, que é organizado pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) reunindo pessoas de todo o país.
“Quando houve a apresentação de Alagoas, os colegas das associações definiram por unanimidade que aqui seria o melhor lugar. É um Estado rico em belezas naturais, tem uma estrutura hoteleira muito boa, de fácil acesso, um centro de convenções belíssimo e isso pesa muito nessa decisão. Outro diferencial foi o acolhimento do Governo do Estado que desde o primeiro contato manifestou todo o interesse em receber o evento. Além, é claro, da receptividade do povo alagoano que tem sido maravilhosa”, contou o presidente da AMB, Jayme de Oliveira, sobre a escolha do Destino Alagoas como palco para o evento.
À frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito explica que a atração de grandes eventos é essencial na geração de emprego e renda na cadeia produtiva do turismo em Alagoas.
“Os benefícios são inúmeros quando falamos da realização de grandes eventos no Destino Alagoas. Nós estamos trabalhando, junto aos convênios com as entidades, na atração de eventos de negócios para o Estado, não só na Capital, mas também em cidades do interior que também estão sendo estruturadas para essa vertente do turismo. O turista de negócio gasta mais que o de lazer, consumindo cultura, artesanato e demais atrativos do Destino, além, obviamente, de utilizar da hotelaria e gastronomia. Toda essa cadeia é incentivada, gerando emprego e renda para a população e vencendo a sazonalidade do setor, já que esses eventos não se restringem a um período do ano, eles podem acontecer em qualquer época”, explica o secretário Rafael Brito.
Uma das políticas que geram renda para a população é o espaço para comercialização do artesanato alagoano, por meio do programa da Sedetur, Alagoas feita à mão, que contempla dez artesãos do Estado que comercializam seus produtos durante todos os dias do evento.
“Participar de um Congresso dessa magnitude tem sido ótimo. A procura está grande e a expectativa é que a gente faça boas vendas. Sempre procuro estar presente nesses e em outros eventos e feiras por meio do apoio da Sedetur”, contou a artesã Bethânia Albuquerque que faz bichinhos, sapatinhos e artigos de decoração de crochê.
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