A proposta que cria auxílio para a compra de gás de cozinha por famílias em situação de vulnerabilidade é um dos itens da pauta do Senado da próxima terça-feira (19). O valor médio do gás passou de R$ 75,29, no fim de 2020, para R$ 96,89, em 2021, chegando a R$ 130 em algumas regiões do país. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Segundo a proposta, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AM), as famílias terão direito, a cada dois meses, a um valor correspondente a 40% do preço médio da revenda do botijão de 13 quilos. O programa tem previsão de duração de cinco anos.
Os beneficiários devem estar inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), ter renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo, ou ter entre seus membros, residentes no mesmo domicílio, quem receba o benefício de prestação continuada (BPC). Mais de 11 milhões de famílias se encaixam nos critérios para receber o benefício.
Essa seria a solução em nível nacional para aliviar o bolso do consumidor, que sofre com as sucessivas altas no valor do gás de cozinha. No nível estadual, os governos se movimentam para implementar medidas que compensem a instabilidade econômica.
No Distrito Federal, por exemplo, desde 29 de setembro, o governo entrega cartões do vale-gás. O programa contempla 69.998 famílias que recebem o valor de R$ 100 a cada dois meses para a compra do produto. O decreto que criou o programa prevê a manutenção do benefício por 18 meses para quem está inscrito no CadÚnico e tem renda familiar per capita de até meio salário mínimo.
De acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados em 8 de outubro pelo IBGE, no acumulado dos últimos 12 meses até setembro, o preço do gás de botijão avançou 34,67%.
Na sexta-feira passada, a Petrobras anunciou um novo aumento, de 7,22%. No DF, segundo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, o GLP já é vendido a R$99.
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