A pandemia do novo coronavírus causou uma revolução no ambiente bancário brasileiro, com o ingresso de 26,9 milhões de novos CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas) no sistema financeiro nacional em dois anos e meio.
O número representa um avanço de 16,26% nos dados de novos relacionamentos, com salto de 8,66% (16,3 milhões) no total de bancarizados (os indivíduos incluídos no sistema bancário) em 2020, de 165,6 milhões para 192,5 milhões.
Somente no ano que marca o início da crise sanitária, o aumento de CPFs vinculados a instituições financeiras no Brasil foi de 8,66%. Esse é o maior avanço de toda a série histórica do levantamento, disponibilizado pelo BC (Banco Central) desde 2006, que mostra a evolução no número de brasileiros dentro do sistema financeiro.
Na análise mensal, a maior alta, de 2,5%, foi apurada em abril de 2020, quando 4,2 milhões passaram a fazer parte do sistema financeiro nacional. Desde então, outros 22,3 milhões, que antes eram desbancarizados, iniciaram um relacionamento com bancos e outras instituições.
O avanço da inclusão financeira fica ainda mais evidente quando se analisa o número total de brasileiros com CPF atrelado a alguma instituição financeira: 94,8% da população de 203 milhões de habitantes, estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) afirma que a atração da população não bancarizada é uma "preocupação permanente" e define a ampliação do acesso a serviços financeiros como um "passo crucial para a inclusão social e para o combate à desigualdade no país".
"Ao movimentar seus recursos em bancos, as pessoas têm acesso a produtos e serviços que proporcionarão mais conforto, segurança e rentabilidade. Além disso, passam a ter acesso a crédito, disputando recursos a taxas mais em conta, e ficam livres da agiotagem", analisa a Febraban.
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