O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado nesta quinta-feira (11) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado, além do pagamento de 124 dias-multa, cada um fixado em dois salários mínimos. A decisão, inédita na história republicana, se refere à participação de Bolsonaro na chamada trama golpista, que investigou tentativas de ruptura da ordem democrática no país.
Como votaram os ministros
A dosimetria da pena foi proposta pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, e acompanhada por Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux ficou vencido no julgamento, optando por divergir e não participar do cálculo.
Segundo a maioria, o ex-presidente desempenhou papel central na articulação e no incentivo dos atos golpistas que buscavam abolir o Estado Democrático de Direito.
Multa milionária
Inicialmente, Moraes havia fixado o valor de cada dia-multa em um salário mínimo. Mas, após ponderação de Flávio Dino sobre a “alta capacidade econômica do réu”, o relator acatou a proposta de dobrar o valor para dois salários mínimos. Dino mencionou declarações recentes do próprio Bolsonaro, que admitiu ter recebido R$ 17 milhões em transferências via Pix.
O valor da multa será calculado com base no salário mínimo vigente à época dos fatos e atualizado até o pagamento.
Crimes e penas
O ex-presidente foi condenado por cinco crimes no âmbito da trama golpista, distribuídos da seguinte forma:
Possibilidade de recurso
Apesar da definição da pena, a defesa do ex-presidente ainda pode apresentar embargos. A condenação só será executada após o trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.
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