26/11/2015 22:45:59
Alagoas
Jovem escreve livro que conta a história da cantora Clemilda
“Rainha do Forró”, era natural de Palmeira dos Índios e morria há um ano em Aracajú/SE
Reprodução/TV SergipeJovem escreve livro que conta a história da cantora Clemilda
Todo SegundoDo Todo Segundo com G1

Um jovem do Estado de Sergipe começou a trabalhar firme no longa metragem ‘Morena dos Olhos Pretos’, documentário que narra toda a história de luta e sucesso da cantora palmeirense Clemilda, a “Rainha do Forró”.

De acordo com Isaac Dourado que acompanhou e pesquisou a vida da forrozeira, o filme está na fase final de produção e será apresentado nos festivais em 2016. “Foi um longo caminho até aqui, mas ficou do jeito que a Clemilda merece”, disse o cineasta.

Segundo Dourado, a cantora era uma pessoa muito espontânea e nada apegada a fama. “Ela não guardava troféus, discos ou reportagens sobre a sua carreira. Precisamos fazer um grande trabalho para reunir os materiais necessários para fazer o longa”, lembra.

Missa de um ano
A "Rainha do Forró" morreu no dia 26 de novembro de 2014, aos 78 anos. Ela já passava por um longo período entre internações e repouso absoluto em sua casa em virtude de complicações causadas por um derrame cerebral. A cantora sofreu três AVC`s, e devido a fragilidade de sua saúde não subia aos palcos desde 2012.

Uma missa em ação de graça foi celebrada pelo primeiro ano da morte da cantora Clemilda, na noite desta quinta-feira (26), na Igreja Nossa Senhora Rainha do Mundo, localizada no Conjunto Médice em Aracaju.

Apesar de nascer em Palmeira dos Índios, a forrozeira que é considerada "Rainha do Forró" se consagrou como um dos maiores ícones da música sergipana com 50 anos de carreira, gravação de 40 discos e seis CDs. Ela tem dois discos de ouro e dois de platina.

Biografia

Nascida em 1936 na cidade de Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, Clemilda foi para o Rio de Janeiro aos 20 anos de idade e lá começou a frequentar programas de rádio, o que despertou o interesse dela pela música. O timbre inconfundível lembra a voz do nordestino nas cantorias populares.

Em 1965 a forrozeira conseguiu espaço para cantar em um programa de rádio onde conheceu Gerson Filho, tocador de fole de oito baixos e também alagoano, com quem se casou e teve dois filhos, que lhe deram cinco netos. Clemilda fez shows por várias partes do país, mas ao ver em Sergipe o sucesso do disco "Rodêro Novo" ela acabou fixando moradia no estado.

Clemilda fez várias participações em discos do marido, mas somente em 1967 lançou carreira solo e se consolidou como ícone da música nordestina. Ela participou ainda de vários programas da Rede Globo como o Cassino do Chacrinha e apresentou por mais de 35 anos o programa Forró no Asfalto em uma rádio pública de Aracaju.

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