Arquivo / Todo SegundoArsal emite nota sobre suspensão das atividades da Palmeirense Todo SegundoDo Todo SegundoA decisão da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal) de suspender as atividades da empresa Expresso Palmeirense, tem repercutido junto à população que há 64 anos utiliza os serviços de Transporte Rodoviário Intermunicipal. Os usuários foram surpreendidos com a medida no último sábado (05), e aguardam por uma solução.
Uma reunião em que estiveram presentes o prefeito eleito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB), o deputado estadual Edval Gaia Filho (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores, Salomão Torres (PSDB) e o vereador eleito Júnior Miranda (PSL) foi realizada no último domingo (06), com o empresário Jadson Vasconcelos para resolver as pendências junto a agência reguladora. Um dos problemas alegados é a presença de veículos com mais de 10 anos de uso.
Na oportunidade ficou decidido que eles se comprometeram a buscar uma alternativa junto a Arsal para resolver essa situação. “Palmeira dos Índios, já perdeu muito, a Palmeirense é um símbolo de Palmeira, não podemos deixar que essa empresa feche suas portas”, afirmou o prefeito eleito Júlio Cezar.
Por meio de nota à imprensa a Arsal se manifestou sobre o assunto:
[Veja a nota na íntegra]A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) oficializou, no sábado, 5 de novembro, o encerramento das atividades da empresa de ônibus Expresso Palmeirense no município de Palmeira dos Índios. Após ajustes no quadro de horários, os usuários do Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros estão sendo atendidos pelos 27 veículos complementares licitados que atuam na região.
O encerramento das atividades ocorre após o descumprimento, por parte da empresa, de vários prazos definidos pela Arsal para que a Expresso Palmeirense realizasse o cadastro obrigatório junto ao Estado e sanasse graves irregularidades na frota, constatadas durante as fiscalizações de transporte do órgão regulador, o que rendeu diversas multas e autos de infração em desfavor da empresa.
Em janeiro de 2016, a Arsal estipulou um prazo de 30 dias para que as empresas de ônibus interessadas em permanecer operando, em caráter emergencial, no transporte rodoviário intermunicipal de passageiros se cadastrassem. A Expresso Palmeirense não atendeu ao chamado nem apresentou os documentos e certidões exigidos, mesmo após o envio de vários ofícios e comunicados.
Em 1° de setembro deste ano, a Arsal convocou mais uma vez a empresa para o cadastro, fornecendo um novo prazo, de mais 30 dias, para o comparecimento e para a solução das irregularidades na frota. A empresa novamente ignorou o chamado.
Além da não realização do cadastro obrigatório, durante as fiscalizações de transporte, os fiscais constataram que os ônibus que compõem a frota da empresa trafegavam em péssimas condições, alguns com pára-brisas quebrados, pneus carecas, com vistoria anual obrigatória vencida, vida útil acima da permitida (dez anos), sem conforto ou segurança mínima para os passageiros.
A decisão pelo encerramento das atividades da Expresso em Palmeira foi tomada em último caso, para garantir a segurança dos usuários do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros da região, após várias tentativas infrutíferas da Agência Reguladora em solucionar os graves problemas detectados.