Mais de 500 pessoas estão na fila de transplantes de órgãos em Alagoas, segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
De acordo com a Sesau, no total, 547 pessoas estão na lista de espera por órgãos no Estado, sendo 513 por córneas, 30 por um rim e quatro por um fígado.
Contudo, segundo a pasta, o trabalho permanente de conscientização realizado nos hospitais tem sido fundamental para diminuir o tempo de espera.
Dos transplantes realizados de janeiro a agosto do ano passado, em Alagoas, 55 foram de córnea, seis de fígado e dois de rim.
Como funciona a lista de transplantes de órgãos no Brasil?
Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Ministério da Saúde gerencia a lista de espera por transplantes no Brasil e divulga dados atualizados diariamente.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. A lista de espera por um órgão funciona baseada em critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica.
Além disso, algumas situações de extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente aguardando transplante também são determinantes na organização da fila do transplante. São eventos determinantes de prioridade na fila de doação: a impossibilidade total de acesso para diálise (filtração do sangue), no caso de doentes renais; a insuficiência hepática aguda grave, para doentes do fígado; necessidade de assistência circulatória, para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos recentes transplantados.
Quero ser doador de órgãos. O que fazer?
É importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizar a retirada de órgãos e tecidos e a doação. Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.
Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar, mas sua família precisa saber sobre o seu desejo de se tornar um doador após a morte, para que possa autorizar a efetivação da doação. Após a manifestação do desejo da família em doar os órgãos do parente, a equipe de saúde realiza outra parte da entrevista, que contempla a investigação do histórico clínico do possível doador.
A entrevista é essencial para que a equipe possa avaliar os riscos e garantir a segurança dos receptores e dos profissionais de saúde. Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado, inviabilizando o transplante.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
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