Alagoas está entre os seis estados que enfrentam crescimento contínuo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme aponta o boletim mais recente do InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com a Fiocruz, o estado integra um grupo formado também por Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima, onde a incidência de hospitalizações por SRAG, principalmente relacionadas à Influenza A e ao vírus sincicial respiratório (VSR), tem aumentado nas últimas semanas epidemiológicas.
Segundo o boletim, 33,4% dos casos positivos de SRAG no Brasil, nas últimas quatro semanas, foram causados pela Influenza A, enquanto 47,7% foram associados ao vírus sincicial respiratório. Já a participação do Sars-CoV-2 (Covid-19) está em queda, representando apenas 1,8% dos casos.
A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, reforça que, mesmo com quedas em algumas regiões, Alagoas ainda registra crescimento nos casos e mortes por SRAG, especialmente entre idosos e crianças pequenas. “A Influenza A é a principal causadora de hospitalizações e óbitos entre idosos, enquanto o vírus sincicial respiratório impacta mais as crianças pequenas, seguidos pelo rinovírus e pela Influenza A”, explica.
Tatiana destaca ainda a importância da vacinação contra a influenza, disponível gratuitamente pelo SUS para grupos prioritários. “Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é fundamental se vacinar, pois a proteção é contra múltiplos subtipos do vírus. A vacinação é a principal ferramenta para reduzir hospitalizações e óbitos”, alerta.
Enquanto estados como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo já apresentam sinais de queda ou estabilização nos casos de SRAG, Alagoas mantém tendência de crescimento, junto com Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.
O boletim da Fiocruz reforça que o combate à SRAG depende da combinação entre vacinação, cuidados pessoais, como higienização das mãos, uso de máscaras em ambientes fechados e atenção à saúde, principalmente para os grupos mais vulneráveis.
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