Reprodução / FreepikServiços puxam crescimento econômico em Alagoas e batem recordes, mostra IBGE

Alagoas registrou um crescimento histórico no setor de serviços, segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2023, divulgada nesta quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que o estado atingiu recordes em número de empresas, geração de empregos e receita bruta.

Desde o início da série histórica, em 2007, Alagoas apresenta expansão contínua em quatro indicadores: número de empresas, pessoal ocupado, receita bruta e remunerações pagas. O estudo do IBGE analisou a evolução de longo prazo (2014-2023) e as mudanças recentes (2019-2023).

O setor de serviços em Alagoas registrou aumento de 71% no número de empresas entre 2014 e 2023, com a abertura de 5.055 novos estabelecimentos. Em 2023, o estado alcançou o maior patamar já registrado pela pesquisa: 12.168 empresas.

As atividades com maior concentração foram os serviços profissionais, administrativos e complementares (4.679 empresas) e os serviços prestados às famílias (3.349), sobretudo nos ramos de alojamento e alimentação.

Chamam atenção também os segmentos que mais cresceram no período: atividades culturais, recreativas e esportivas (alta de 251%, passando de 180 para 626 empresas), ensino continuado (171%, de 195 para 529) e atividades imobiliárias (163%, de 204 para 537).

A expansão refletiu diretamente no mercado de trabalho. Entre 2014 e 2023, o número de pessoas ocupadas no setor aumentou 55%, passando de 84.215 para 130.551 trabalhadores. Somente entre 2019 e 2023, o crescimento foi de 32%.

O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares lidera também na geração de empregos, com 60.875 trabalhadores — o equivalente a 46% do total. Em seguida aparece o ramo de alojamento e alimentação, que emprega 27.455 pessoas.

A receita bruta do setor de serviços em Alagoas mais que dobrou em menos de uma década. Entre 2014 e 2023, o crescimento foi de 165%, alcançando R$ 17,5 bilhões no último ano.

O maior volume veio dos serviços profissionais, administrativos e complementares, com faturamento de R$ 5,5 bilhões — alta de 125% em relação a 2019. Já os serviços prestados às famílias geraram R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 4 bilhões apenas em alojamento e alimentação.

O maior destaque percentual ficou com as atividades imobiliárias, que saltaram de R$ 146,3 milhões em 2014 para R$ 779,6 milhões em 2023 — uma expansão de 432%. No período mais curto (2019-2023), o avanço foi de 178%.

No Nordeste, Alagoas figura entre os quatro estados que ampliaram a participação na receita bruta regional de serviços: de 4,0% para 5,0% entre 2014 e 2023.

A Pesquisa Anual de Serviços do IBGE analisa as características estruturais dos serviços não financeiros no Brasil. São avaliados sete grandes segmentos: serviços prestados às famílias, informação e comunicação, profissionais/administrativos/complementares, transportes e correio, atividades imobiliárias, manutenção e reparação e outras atividades de serviços.

Os dados fornecem subsídios para empresas, pesquisadores e gestores públicos, auxiliando no planejamento estratégico e na formulação de políticas voltadas ao setor.

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