16/09/2017 10:39:19
Alagoas
A influência de Arapiraca no desenvolvimento econômico de AL
Município desponta como protagonista no processo de desenvolvimento econômico nos 200 anos do estado
Lucas FerreiraA influência de Arapiraca no desenvolvimento econômico de AL
Todo SegundoDa Assessoria

Localizada estrategicamente no coração do mapa do Estado de Alagoas, o município de Arapiraca desponta como importante protagonista no processo de evolução e desenvolvimento econômico da Terra dos Marechais, que neste sábado (16) completa 200 anos de emancipação política.

Nas décadas de 70 e 80 a cidade ganhou notoriedade nacional, ostentando o título de capital brasileira do fumo, cultura que, paralelamente com a cana-de-açúcar, impulsionou a agricultura e a economia do Estado de Alagoas. O “ouro verde”, que era exportado para o mundo inteiro, proporcionou o sustento de milhares de pais e mães de famílias, assim como o enriquecimento de vários fumicultores, que chegaram a acumular fortunas no auge da produção.

No início dos anos 90, com o declínio da cultura fumageira, a agricultura familiar ganhou espaço com o cultivo das hortaliças. Os grandes latifúndios de fumo iniciaram um processo de desfragmentação, dando lugar as pequenas propriedades, que proporcionaram uma divisão mais justa e igualitária da economia local.

Seja na cultura do fumo ou das hortaliças, a pujança do comércio arapiraquense sempre foi impulsionada pela tradicional Feira Livre, importante propulsora no processo da independência política de Arapiraca. Todas as segundas-feiras circulam pelo local milhares de pessoas não somente de cidades circunvizinhas, mas de todo o Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.

Na Feira se encontra de tudo, desde roupas, móveis, utensílios domésticos, alimentos, equipamentos agrícolas, animais, ervas medicinais, artesanato e o que se puder imaginar. O próprio poliinstrumentista Hermeto Pascoal, natural de Lagoa da Canoa, buscou nos sons da Feira Livre de Arapiraca a inspiração para alguns dos seus trabalhos.

E por falar em trabalho, famílias inteiras deixaram a zona rural em busca de uma vida melhor na – agora chamada – capital do Agreste. Boa parte delas está concentrada em conglomerados habitacionais de moradia popular que, juntos, abrigam mais de dez mil famílias, superando, inclusive, a população da maioria das cidades alagoanas.

Recentemente, a cidade viveu uma “boom” imobiliário, impulsionado pelos programas habitacionais do governo federal. O crescimento desenfreado trouxe com ele os problemas sociais, um dos maiores desafios do poder público. Dados do IBGE apontam que a população de Arapiraca supera os 230 mil habitantes, mas há quem diga que mais de um milhão de pessoas convergem para a cidade, gerando uma população flutuante. O motivo? Arapiraca está equidistante das capitais Maceió e Aracaju, assim como do mar e do Velho Chico.

Mas o desenvolvimento não trouxe apenas problemas. Trouxe também um shopping center, o primeiro do interior do Estado que, além dos benefícios econômicos, proporcionou algo bem mais significante nas vidas das pessoas, em especial das crianças e jovens da zona rural, que um dia sonharam conhecer uma sala de cinema ou, simplesmente, sentir o gosto dos sanduíches de uma famosa rede mundial de fast food. Hoje isso é possível.

Além dos shoppings, o comércio local também ganhou renomadas redes atacadistas que geram empregos, impostos e opções de consumo. Arapiraca ganhou novas avenidas e vem evoluindo no processo de verticalização. Prestes a receber o gás natural, a cidade vem se consolidando no turismo de negócios, ampliando sua rede hoteleira e gastronômica.

E assim é Arapiraca. Uma cidade de 92 anos – prestes a completar 93 – e que tem um povo apaixonado e cheio de orgulho. Povo que faz questão de vestir a camisa do ASA e dizer: Sou Arapiraquense!

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