Reprodução/ Agência
Promotor preso no Amapá é recambiado para Alagoas Todo SegundoDo Todo Segundo com AgênciaO promotor de justiça alagoano Carlos Fernando Barbosa de Araújo, de 58 anos, preso na manhã da última segunda-feira (23), em Macapá, no Estado do Amapá, foi recambiado no final da tarde desta terça-feira (24), para Alagoas.
Sem algemas, Carlos Barbosa foi transferido em um vôo comercial escoltado por três agentes civis alagoanos. Ele estava foragido desde novembro de 2014, quando foi condenado a 76 anos de prisão por três estupros e oito atentados ao pudor contra duas filhas e uma enteada, segundo denúncia do Ministério Público (MP) de Alagoas.
De acordo com o chefe do Núcleo de Operações de Inteligência da Polícia Civil de Alagoas, Alexandre, o promotor ficará preso em uma cela especial no quartel do Corpo de Bombeiros, que é o único local no estado onde se mantém os presos chamados ‘especiais’.
“Como ele tem direito a tratamento diferenciado, como reza a Lei, ficará no comando do Corpo de Bombeiros, em Maceió. Ele vinha sendo procurado desde outubro de 2014 quando saiu a condenação. Estávamos já há quase seis meses no encalço do foragido, mas ele sempre vinha se movimentando pelos estados do Nordeste e Norte”, disse Melo.
Alexandre declarou ainda que o promotor tinha conhecidos em Macapá, e que essas pessoas vinham dando abrigo a ele. “Ele tinha conhecidos aqui no Amapá, mas não temos conhecimento se essas pessoas tinham conhecimento que ele era foragido. Cumprimos nosso papel e agora caberá à justiça de Alagoas proceder ao que tem que ser feito”, afirmou.
Alexandre Melo revelou ainda, que o promotor mantém dois recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
CondenaçãoO Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) condenou o promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo a 76 anos e cinco meses de reclusão, em novembro de 2014, por três estupros e oito atentados ao pudor, cometidos continuadamente contra duas filhas e uma enteada, além de produção de pornografia infantil. O crime de estupro foi praticado contra uma filha; as demais vítimas sofreram os atentados.
CrimeA representação pelo crime foi oferecida pela mãe de duas das vítimas, Elizabeth Rodrigues Pereira, em 2006. Em julho de 2008, o Pleno do TJ/AL recebeu a denúncia do Ministério Público, afastou o denunciado do exercício de suas funções e decretou sua prisão preventiva. Em agosto de 2009, o Pleno concedeu liberdade ao acusado, por unanimidade. Foi considerado que havia excesso de prazo na prisão preventiva, que já durava mais de um ano.