06/06/2025 10:47:10
Polícia
Polícia Civil investiga morte de detento dentro da Penitenciária em Maceió
Antônio Guarnieri foi condenado em 2022 por assassinar advogado mineiro em 2009
DivulgaçãoPolícia Civil investiga assassinato de detento dentro da Penitenciária de Segurança Máxima
Todo Segundo

A Polícia Civil de Alagoas ampliou, nesta sexta-feira (6), as investigações sobre o assassinato do detento Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 43 anos, morto na manhã da última quinta-feira (5), dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Alagoas (PenSM), localizada no Complexo Prisional de Maceió.

A vítima cumpria pena de 24 anos e seis meses em regime fechado, condenado em 2022 pelo homicídio do advogado Nudson Harley Mares de Freitas, morto por engano em julho de 2009, no bairro Mangabeiras, na capital alagoana. O crime tinha como alvo original o então juiz de Direito Marcelo Tadeu, mas a vítima acabou sendo confundida e assassinada a tiros enquanto usava um telefone público.

De acordo com o delegado Daniel Otoni, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o assassinato de Guarnieri teria envolvido todos os cinco ocupantes da cela, que agiram de forma conjunta e com divisão de tarefas. Dois internos — identificados pelas iniciais E.G.S. e F.G.B. — foram presos em flagrante e levados para a Central de Flagrantes, onde prestaram depoimento. Um dos detentos envolvidos já possui histórico de crimes semelhantes dentro do sistema prisional, incluindo um homicídio praticado contra um colega de cela em outubro de 2024, quando foi transferido para outra unidade após o assassinato.

“Estamos apurando se o crime foi motivado por vingança, disputa interna ou outra razão que ainda não foi completamente esclarecida. Há fortes indícios de que houve uma organização prévia entre os internos para executar a vítima”, afirmou o delegado Daniel Otoni.

Em 2009, Nudson Harley Mares de Freitas, advogado mineiro que estava em Alagoas a trabalho, foi morto por engano em uma emboscada que tinha como alvo o então juiz Marcelo Tadeu. Segundo os autos, Antônio Guarnieri foi apontado como o executor e condenado apenas em 2022. Desde então, ele cumpria pena na PenSM.

O assassinato reacende o debate sobre a segurança nas unidades prisionais do estado, sobretudo na Penitenciária de Segurança Máxima, que abriga detentos de alta periculosidade. A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas e analisando imagens internas e objetos apreendidos na cela, enquanto avalia a possibilidade de novas prisões preventivas.

“A investigação vai prosseguir com rigor para identificar todos os envolvidos e responsabilizar cada um deles”, reforçou o delegado Daniel Otoni.

A Seris destacou que a integridade dos internos e a segurança das unidades prisionais são prioridades, e que medidas de reforço de segurança serão implementadas para evitar novas ocorrências.

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