O inquérito sobre a morte de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, trouxe à tona uma revelação que reforça a versão sustentada pela família desde o início: o adolescente estava não estava armado quando foi morto durante uma perseguição policial, no dia 3 de maio de 2025, em Palmeira dos Índios.
A conclusão é da Polícia Civil, por meio da Unidade de Homicídios da 5ª Região e da Coordenação de Homicídios, com apoio da Polícia Científica. O documento aponta ainda que três policiais militares tentaram forjar um cenário de legítima defesa ao apresentar um revólver calibre .38 como se fosse de Gabriel.
Segundo o inquérito, a arma de fogo atribuída ao adolescente foi plantada pela guarnição da Polícia Militar, fato que agrava ainda mais a situação dos policiais envolvidos. Exames avançados de DNA realizados no revólver confirmaram que o material genético encontrado não pertencia a Gabriel.
Além disso, a perícia balística atestou que o revólver estava em plenas condições de uso, mas não havia qualquer indício de que tivesse sido manuseado pelo jovem. Esses elementos técnicos foram decisivos para reforçar a conclusão de que o adolescente não portava arma no momento em que foi alvejado.
Com a finalização do inquérito, a Polícia Civil remeterá o caso ao Ministério Público de Alagoas (MPAL), responsável por oferecer denúncia contra os policiais militares indiciados e adotar as providências legais cabíveis.
A conclusão da investigação reforça a versão da família de Gabriel, que desde o início negou qualquer envolvimento do adolescente com armas de fogo. O caso deve ampliar o debate sobre abuso policial, fraude em ocorrências e a necessidade de responsabilização de agentes de segurança pública.
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