Do Todo Segundo com G1
O “Alagoas dá Sorte” empresa do Recife, é suspeito de comandar um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro em Alagoas e mais 12 estados brasileiros. Equipes da Polícia Federal estiveram na sede da empresa em Pernambuco na manhã desta quarta-feira (12), para fiscalização e análise de documentos.
O esquema movimentou cerca de R$ 1 bilhão segundo a Polícia. A operação desencadeada nesta manhã pretende cumprir 24 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária em 13 estados do país e 57 de busca e apreensão. Além de Alagoas, investigações ocorrem no Rio Grande do Sul, Amazonas, Goiás, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco.
Segundo a PF, as organizações criminosas usavam empresas filantrópicas para lavagem de dinheiro derivado de bingos, títulos de capitalização e caça-níqueis. Uma fiscalização está sendo feita em uma unidade do Pernambuco da Sorte, na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, na manhã desta quarta, além de quatro endereços residenciais, na Zona Sul.
Segundo a PF, devem ser cumpridos ainda 57 mandados de busca e apreensão e 47 mandados de sequestro de bens, entre eles veículos de luxo. O esquema funcionava de modo que o dinheiro arrecadado com a compra dos títulos de capitalização deveria ser destinado a instituições filantrópicas. No entanto, de acordo com a polícia, grande parte do dinheiro ia para uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) em Belo Horizonte, que servia de fachada para o dinheiro retornar à empresa.
A assessoria de imprensa da PF não soube informar quantos dos mandados de prisão seriam feitos no Recife, mas adiantou que as pessoas detidas devem ser levadas para a sede da Polícia Federal, na área central da capital. As investigações vêm acontecendo há mais de um ano e pelo menos oito lotéricas de outros estados estão sendo vistoriadas nesta quarta.
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