
A defesa de Mariângela Fialek, ex-assessora do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), afirmou em nota nesta sexta-feira (12) que a atuação da profissional na Casa Legislativa era "estritamente técnica" e apartidária. Segundo os advogados, Mariângela não é alvo de qualquer imputação criminal, e a operação da Polícia Federal visa apenas "acessar informações relacionadas à função que exerce na Câmara dos Deputados, relativas às indicações, por deputados, de verbas de emendas".
"[A atuação de Mariângela era responsável tecnicamente pela organização das emendas parlamentares, nos exatos termos do que decidido pela Presidência da Casa e por todos os líderes partidários indistintamente (Colégio de Líderes). Sua atuação era estritamente técnica, apartidária e impessoal", destacam os advogados.
A PF realizou nesta sexta uma operação de busca e apreensão na casa e na sala de trabalho de Mariângela, como parte de investigação sobre supostos desvios na destinação de recursos públicos por meio de emendas parlamentares. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
Na decisão, Dino aponta que os dados obtidos durante a investigação indicam que Mariângela tinha uma "atuação contínua, sistemática e estruturada" na gestão dos recursos. O ministro também cita "fortes indícios" de que ela integrava uma "estrutura organizada" voltada ao desvio de emendas, com redirecionamento dos recursos, cujo principal beneficiário seria o estado de Alagoas.
Atualmente, Mariângela Fialek está lotada como servidora da liderança do PP, mas sempre atuou como braço direito de Lira, especialmente no período em que ele presidiu a Câmara.
A investigação segue em andamento, e novas informações devem ser divulgadas à medida que a Polícia Federal analisa os documentos apreendidos.

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